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Edição 145 > Vamos enfrentar a crise e reconstruir Aracaju
Vamos enfrentar a crise e reconstruir Aracaju
Aos 55 anos, Edvaldo Nogueira retorna, pela terceira vez, ao comando da capital sergipana. Sua vitória foi uma das poucas conquistas relevantes da esquerda nas eleições municipais de 2016 e a única do PCdoB em capital. Em entrevista à Princípios, ele fala dos desafios de reconstruir Aracaju e honrar o programa vitorioso nas urnas, mesmo diante de uma grave crise política e econômica no país e após uma desastrosa gestão do DEM que desorganizou a administração municipal e abalou as estruturas da cidade

Entrevista com Edvaldo Nogueira
Alagoano de nascimento, Edvaldo Nogueira começou sua vida pública no movimento estudantil, quando foi estudante de Medicina. Foi eleito por duas vezes vereador de Aracaju. Vice-prefeito por dois mandatos seguidos tendo à frente o prefeito Marcelo Déda (PT) – em 2000 e 2004, assumiu a titularidade do mandato com a renúncia de Marcelo Déda, para disputar o governo do estado. Em 2008, foi reeleito prefeito ainda no primeiro turno. Agora em 2016, ele disputou o segundo turno contra Valadares Filho (PSB) e venceu a disputa ao obter 52,11% dos votos válidos.
Nesta entrevista à Princípios, Edvaldo conta detalhes de sua trajetória política e comenta como foi importante uma ampla aliança com forças partidárias locais de esquerda e de centro para garantir a vitória eleitoral.
A coligação “Para Aracaju Ter Qualidade de Vida”, que elegeu Edvaldo, foi composta por oito partidos (PCdoB/PT/PSD/PRP/PMDB/PTdoB/PTN/PRB), com a viúva do governador Marcelo Déda e ex-secretária de Estado da Inclusão Social, Eliane Aquino (PT), na vice.
Realista, Edvaldo avalia que a nacionalização da campanha em 2016 levou muitos bons candidatos de esquerda a perderem as eleições. “Obviamente, o que fez com que eu ganhassefoi a segurança que a população tinha na possibilidade de eu administrar. Isso eu acho que foi decisivo. Agora não se pode ignorar que candidaturas nossas (da esquerda) que se ligaram demais aos temas nacionais, à Dilma e a Lula, perderam. Isso aconteceu com o Brasil inteiro. É um dado da realidade, não estou fazendo juízo de valor”, alerta.
Edvaldo reafirmou sua determinação em “reconstruir” a cidade e garantiu que irá priorizar a execução do seu projeto de governo aprovado nas urnas. Porém, o prefeito eleito destacou sua preocupação com o momento de crise no país e o “legado” do atual prefeito João Alves (DEM) que foi rechaçado nas urnas após uma administração desastrosa. “Em quatro anos Aracaju fez uma involução gigantesca. O nosso projeto é reconstruir a cidade numa situação de crise, mas buscar resolver o problema. (...) Queremos fazer uma recuperação física, política e de desenvolvimento da cidade”.
O dirigente comunista planeja também estabelecer parcerias sólidas com outros prefeitos da região metropolitana de Aracaju para tocarem projetos que beneficiem a todos. “Os quatro prefeitos da região metropolitana são companheiros de partido e de coligação. Eu e Padre Inaldo somos do PCdoB, e Marcos Santana e Airton Martins são do PMDB. Nós quatro somos do mesmo grupo político”, informou Edvaldo em recente encontro com os gestores da região.
Para ele, a união das quatro prefeituras ampliará as possibilidades de viabilização dos recursos financeiros e de atuação mútua das gestões municipais. “Se nos unirmos potencializaremos os recursos e nos ajudaremos mutuamente, para encontrar soluções para problemas comuns aos quatro municípios. A nossa união vai possibilitar o melhor funcionamento das prefeituras e a resolução de problemas persistentes. Sei que como prefeito da capital, eu terei que liderar este processo, mas não há espaço para soluções individualistas. Será um trabalho conjunto e colaborativo”, ressaltou.
Confira a íntegra da entrevista:
Princípios: Edvaldo, para que nossos leitores possam conhecer um pouco mais o único prefeito do PCdoB numa capital de estado, peço que você relate sua trajetória política.
Edvaldo Nogueira: Eu nasci em 1961, em Pão de Açúcar, uma cidade do interior de Alagoas. Sou filho de uma auxiliar de enfermagem que trabalhava na Fundação Cesp, Dona Lurdes, parteira da cidade. E meu pai era um pequeno comerciante, tinha uma bodega. Fiquei em Pão de Açúcar até a adolescência e fui estudar em Aracaju aos 14 anos, porque era o destino comum de quem era de família humilde e minha mãe sempre estimulou que a gente estudasse porque na minha cidade não tinha futuro. Para quem almejasse crescer, melhorar, tinha que sair de lá.
Como minha mãe é sergipana de uma cidade chamada Simão Dias e meus avós moravam em Aracaju, então resolvi ir para lá, embora eu tenha ido morar num pensionato. Com 14 anos, me vi morando sozinho.
Estudei em colégio salesiano por três anos e depois entrei na universidade, fiz o curso de medicina. Até 1979 eu nunca pensei em política, não tinha nenhuma vinculação partidária. Eu queria ser cirurgião cardíaco. Trabalhei numa equipe de cirurgia cardíaca liderada pelo doutor Teles e ia ser médico com uma carreira já estabelecida. Mas a partir de 1979-1980 comecei a participar dos movimentos estudantis na universidade e aquilo foi me ajudando a perceber as questões políticas daquela época.
Princípios: Então o movimento estudantil foi sua porta de entrada para a política?
EN: Eu já tinha uma leitura anterior estimulado pela minha família, a minha mãe, tinha uma leitura do mundo, dos clássicos, da filosofia, mas não tinha nenhuma pretensão política, nenhum sentido político. Foi na universidade que despertou. No movimento estudantil eu comecei a participar dos encontros e em 1981 em Goiânia eu fui apresentado ao PCdoB, foi o período que eu entrei no Partido. Eu estava no terceiro ano de medicina. Fiquei de 1981 a 1982 nesse processo de discutir se entrava ou não na militância partidária e o PCdoB não existia em Sergipe.
Princípios: E como se deu este contato com os comunistas?
EN: Quando fui recrutado, naquela época eu comecei a entrar em contato com o PCdoB na minha cidade. O Partido era forte em Alagoas e depois fui designado pra implantar, junto com mais duas pessoas, o PCdoB em Sergipe. E começamos, a partir de 1982, a implantar o Partido e já entrei na direção estadual. Sem nenhuma experiência política, mas já fui entrando pra ser dirigente do partido. E aí eu fui percebendo que não dava para compatibilizar a construção do PCdoB no estado com o curso de medicina. Então eu larguei medicina no começo do quinto ano e me dediquei exclusivamente à militância. Fui presidente do DCE da Universidade Federal de Sergipe, participei da luta das Diretas e depois de 1985 saí do movimento estudantil pra assumir a comissão da legalidade do PCdoB e fui eleito secretário político e depois presidente do PCdoB estadual, função que exerci de 1983 até 2000.
Princípios: E o primeiro cargo público, qual foi?
EN: Fui vereador por dois mandatos, de 1988 a 1996. Em 96 eu não fui candidato. Em 2000, fui vice-prefeito de Marcelo Déda, depois reeleito vice-prefeito em 2004 com Déda também. Em 2006 Déda saiu da administração municipal para se candidatar ao governo do estado e eu assumi a prefeitura de 2006 a 2008. Em 2008 me reelegi prefeito no primeiro turno com 52% dos votos. Em 2012 saí, fiquei na comissão política do partido até agora, em 2016.
Princípios: 2016 foi um ano em que a esquerda sofreu um baque eleitoral. Você foi um dos únicos candidatos de esquerda a conquistar a prefeitura de uma capital. Qual foi a equação de fatores que lhe permitiu nadar contra a corrente e garantir esta vitória?
EN: Acredito que a primeira questão é o legado. Eu fui prefeito de Aracaju durante 6 anos e 9 meses e nós fizemos uma obra que mudou a face da cidade.
Aracaju foi considerada a capital da qualidade de vida quando eu era prefeito, em 2009. E de fato nós fizemos uma obra que começou com Déda e eu dei continuidade e ampliei. Foi um período que mudou a face da cidade. Aracaju se desenvolveu e conheceu obras de saneamento, obras que mudaram mesmo a qualidade de vida no município.
Com esse fato, comparativamente com o que o atual prefeito (João Alves Filho, DEM) fez na cidade, fica evidente a diferença do modelo de gestão, da forma como nós governamos a cidade, a ética, a transparência, a democratização da gestão... fazer obras prioritárias para as pessoas que mais precisam. Isso teve um impacto e garantiu que eu liderasse as pesquisas de intenção de voto o ano inteiro, desde o ano passado que eu era o candidato mais lembrado em todas as pesquisas. Então esse foi o sustentáculo da nossa vitória. Segundo, a amplitude das alianças. Nós fizemos uma aliança que foi ao centro, com PMDB, PSD, PRB, PTdoB e PPL e o PT era vice. Então PCdoB, PT, PMDB, uma frente de 8 partidos que deu consistência. Eu não fui um candidato isolado. Pra chegar a isso foi um trabalho grande mas conseguimos realizar. Então acho que esse é um ponto importante.
Princípios: O governador de Sergipe, Jackson Barreto, do PMDB, te apoiou?
EN: Sim, essa aliança deu muita consistência. Primeiro, garantiu tempo de televisão, um programa eleitoral de bom tamanho, isso ajudou. Outro aspecto importante é que nós evitamos a nacionalização da campanha. Nossos adversários tentaram nacionalizar, – na verdade, tentaram estadualizar e nacionalizar – mas não conseguiram. Claro que nós perdemos votos nesta tentativa. A eleição podia ter sido mais fácil se não fosse a crise nacional.
Princípios: A crise de imagem do PT influenciou?
EN: Sim, influenciou, mas a gente conseguiu impedir que essas questões ganhassem a conotação que ganharam em outros lugares. E o que permitiu isso? a influência do nosso bloco político, que é responsável por avanços locais muito importantes, tanto na cidade como no estado. Foi uma união muito grande e o governador Jackson (Barreto) foi muito importante nessa consolidação. Mas é preciso destacar também a importância de um programa de governo claro. No segundo turno ficaram claros os dois projetos, nosso e o do nosso adversário (Valadares Filho, do PSB).
A população percebeu que o nosso era um projeto que melhorava a cidade, avançava. E o projeto do Valadares mostrava que ele estava junto com as forças mais retrógradas, atrasadas do estado e que, na verdade, o único interesse era lotear o poder.
Princípios: Você disse que evitar a nacionalização da campanha foi um dos fatores que o ajudaram a vencer a disputa eleitoral. Mas o Brasil havia acabado de sofrer um golpe de Estado, não seria natural para um candidato comunista explorar este fato?
EN: Obviamente, o que fez com que eu ganhasse foi a segurança que a população tinha na possibilidade de eu administrar. Isso eu acho que foi decisivo. Agora não se pode ignorar que candidaturas nossas (da esquerda) que se ligaram demais aos temas nacionais, à Dilma e a Lula, perderam. Isso aconteceu com o Brasil inteiro. Onde Lula e Dilma foram as candidaturas perderam. Porque havia um desgaste político óbvio, por conta de todo o processo de impeachment e de crise. Havia sensação generalizada na sociedade neste sentido, é um dado da realidade, não estou fazendo juízo de valor. Tanto que o PT passou de primeiro partido que governava 24 milhões de pessoas para o 11º, governando 4 milhões. Perdeu quase tudo o que tinha. A gente não pode fechar os olhos a essa realidade.
Tanto que se você observar o que aconteceu durante o processo que golpeou o mandato da presidenta, a sociedade não se mobilizou contra o impeachment. Mobilizamos as forças políticas, fizemos uma resistência grande com ajuda da militância de esquerda, mas não foi capaz de frear o processo porque tem um problema de rejeição, de anti-petismo que efetivamente nós precisamos entender para poder superar.
Acredito até que eu poderia ter ganho a aleição com uma força maior, com uma quantidade de votos maior não fosse essa resistência nacional.
Princípios: Mas sua vice é do PT, como vocês administraram isso?
EN: A gente não colocou isso na nossa pauta. A gente não respondeu a essas questões. A gente respondia que lá nós éramos diferentes. Eu fui prefeito, não tinha denúncia de corrupção, não tinha dívida. O PT lá também não tinha, o Déda, o Zé Eduardo, a própria Eliane (Aquino), minha vice, todos muito respeitados. A cara do PT era a Eliane, que é uma pessoa admirável e não pesa sobre ela essa coisa do anti-petismo. E nós também priorizamos o programa, o projeto político e não o projeto partidário. Isso foi importante.
Princípios: Desse projeto, o que você destaca como bandeiras principais que irá tocar na sua administração?
EN: A bandeira principal é recuperar o que foi perdido. Porque em quatro anos Aracaju fez uma involução gigantesca. O nosso projeto é reconstruir a cidade numa situação de crise, mas buscar resolver o problema. Pra você ter uma ideia, os servidores estão recebendo setembro, com o pagamento dois meses atrasado. Há muitas dívidas, o posto de saúde está fechado, a prefeitura está ocupada por funcionários públicos em greve. Há uma crise muito grande.
Ou seja, no fundo nós vamos reconstruir. A prioridade inicial é pagar funcionários e saúde, e reequacionando e enfrentando os desafios para a cidade voltar a funcionar normalmente. A segurança pública também é importante e, embora não seja uma prerrogativa dos prefeitos, precisamos entrar nesse tema, discutir. Tem ainda as questões relativas à educação, assistência social, limpeza urbana. Anteriormente Aracaju foi considerada uma das cidades mais limpas do Brasil e hoje está passando por uma situação difícil, o lixo está se acumulando na rua, e nós vamos ter que recuperar tudo isso. Fazer uma recuperação física, política e de desenvolvimento da cidade. Então é um desafio imenso mas acho que nos próximos quatro anos nós vamos dar conta desse recado.
Princípios: Mas o senhor imagina que vai conseguir recompor essa situação meio caótica da cidade com qual recurso?
EN: Economia. Economizar nos gastos. Enxugamento, não tem outra saída. Na realidade do Brasil atual você tem queda de arrecadação, então você tem que diminuir os gastos da prefeitura e investir naquilo que é a atividade fim da administração pública, tentando cortar onde for possível nas atividades meio.
Claro que vou buscar apoio institucional no governo estadual, buscar apoio em bancos internacionais, como o BID, nós temos linha de crédito com o BID, as emendas parlamentares, de bancada, que já tem emenda liberada pra Aracaju e agora foi colocada uma nova emenda... buscar convênios com o governo federal pra enfrentar algumas questões. Mas a medida mais urgente que nós vamos tomar é economizar.
Princípios: Você acha que vai ter tranquilidade pra aprovar os projetos? Sua base de apoio na Câmara Municipal terá quantos vereadores?
EN: Acho que isso não vai ser problema. Vou construir a maioria. Está em processo de andamento para ter a maioria. Vamos traalhar para ter a presidência da Câmara para poder fazer uma mesa que seja aliada e construir uma maioria porque numa situação de crise seria o fim do mundo não ter apoio parlamentar. Nós vamos trabalhar para construir a maioria e acho que vai dar. Temos condições políticas para isso.
Princípios: E como será o diálogo com o governo federal e com a bancada no Congresso Nacional para conseguir recursos?
EN: O PMDB está na nossa coligação, o governo federal está com o PMDB. Nós temos uma bancada de quatro deputados federais aliados, embora não tenhamos nenhum senador, os três senadores de Sergipe hoje se opõem ao nosso projeto, mas mesmo com eles vamos buscar um canal de diálogo.
A gente vai investir na busca de apoio do governo federal. E isso está inclusive em andamento. Nessas horas tem que pensar na administração. Agora eu sou prefeito da cidade, vou governar uma cidade com quase 650 mil habitantes e vou ter que buscar mecanismos para colocar em prática as propostas que fiz durante na campanha eleitoral, não tem outra saída. Não tem outro mecanismo, é governar. A disputa política e ideológica a gente trava em outras frentes.
Princípios: Esta foi a primeira campanha feita com as novas regras eleitorais. O que você avalia dessas novas regras?
EN: Eu acho que merece uma discussão muito grande. Acredito que o que foi mais grave é que as regras mudaram próximo demais da eleição. Então ninguém teve tempo de se preparar para essas regras. E elas afetaram enormemente a campanha eleitoral.
O primeiro aspecto que destaco diz respeito à maneira como foi distribuído o tempo de TV. Claro, eu tinha o maior tempo de TV porque eu tinha aliança, mas o Partido isoladamente não tinha saída, ficava com um tempo pífio. Então é uma questão para se debater. Segundo, a desproporcionalidade entre o financiamento individual e a necessidade dos recursos para o programa de televisão. Porque apesar de ser a veiculação gratuita, a produção é muito cara. Isso é uma coisa que fica muito difícil. No primeiro turno eu tinha três minutos e 50 segundos. Era o maior tempo. Eu tive 10 minutos no segundo tempo. Um programa de 10 minutos diariamente é uma coisa gigantesca. E como faz? Então isso aumentou, tem que ver como equilibra isso, entre o primeiro e o segundo turno.
Princípios: E num ambiente de antipolítica que foi disseminado no Brasil... o financiamento individual acabou não funcionando...
EN: Houve (e há) um verdadeiro processo de criminalização da política. Ninguém quer botar seu CPF numa história que sem mais nem menos, por qualquer motivo fútil pode virar caso de polícia. As pessoas também tiveram muito receio disso.
Então o financiamento termina se restringindo ao financiamento público através do fundo partidário, foi o que alimentou as campanhas eleitorais.
No nosso caso, ainda tivemos a sorte de contar com a militância voluntária. Quando polarizou a disputa, as pessoas vieram pra rua pela causa, o que foi uma novidade.
Princípios: Em Sergipe, o PCdoB elegeu quantos prefeitos?
EN: Dois. Eu e o Padre Inaldo, em Nossa Senhora do Socorro, que é a segunda maior cidade de Sergipe. Hoje nós somos o terceiro partido do estado em quantidade de pessoas governando.
Princípios: Isso vai ajudar a ampliar o raio de ação da prefeitura para a região metropolitana?
EN: Sim. Já iniciamos o diálogo com os prefeitos de Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão. Se nos unirmos, potencializaremos os recursos e nos ajudaremos mutuamente para encontrar soluções para problemas comuns aos quatro municípios que formam a Grande Aracaju. A nossa união vai possibilitar o melhor funcionamento das prefeituras e a resolução de problemas persistentes. Sei que como prefeito da capital eu terei que liderar este processo, mas não há espaço para soluções individualistas. Será um trabalho conjunto e colaborativo.
* Cláudio Gonzalez, editor-executivo da Princípios entrevistou Edvaldo Nogueira no dia 11/11/16 , na sede nacional do PCdoB, em São Paulo