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Resenhas

Edição 141 > A VIAGEM INTERROMPIDA – A Aventura Comunista na Santo André dos anos 1940

A VIAGEM INTERROMPIDA – A Aventura Comunista na Santo André dos anos 1940

Ademir Medici
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O resgate do 9 de novembro de 1947

Autor: Eduardo Correia
Págs.: 184
Formato: 16x23cm
ISBN: 978-85-7277-164-1
Editora Anita Garibaldi / Fundação Maurício Grabois
Preço sugerido: R$ 30,00
Disponível em: http://www.anitagaribaldi.com.br/

O jornalista Eduardo Luiz Correia faz, na academia, justiça a Armando Mazzo e companheiros. Em 1947, eles ousaram enfrentar a elite dominante do futuro ABC para quebrar uma escrita conservadora que vinha do Império e venceu as fases iniciais da República.
Mazzo ganhou, no voto, a Prefeitura de Santo André, cujo território geográfico abrangia a linha entre São Caetano e Paranapiacaba. Fez maioria na Câmara. Mostrou os novos tempos da cidade que se industrializava. Os comunistas não assumiram, nem em Santo André, nem em outras cidades importantes como São Paulo, Santos, Sorocaba. Mas esse fato é menos importante do que o caminho mostrado por eles às novas gerações no tempo em que começava a Guerra Fria. Se hoje o Brasil vive a democracia plena, isso também se deve à luta dos comunistas de 1947.
Eduardo Correia mostra a luta anti-imperialista da esquerda daqueles anos tumultuados e de transição dos 1940. E mostra também que os trabalhadores representados pelos candidatos de Prestes tinham uma postura francamente em defesa da indústria brasileira.
A viagem interrompida é mais do que um grito vazio e tão somente ideológico. Um de seus méritos é detalhar fatos, datas e situações. Informa Eduardo: “O senador eleito pelo PSD e sócio da Cerâmica São Caetano, Roberto Simonsen, em reunião com Dutra, em 14 de janeiro de 1946, chegou a pedir ao presidente da República providências para conter a onda grevista ‘para tranquilidade dos industriais’”.
Ou então, citando o brasilianista John French: “Quando os operários do ABC voltavam para casa após um dia duro de trabalho, enfrentavam condições de vida flagrantemente inadequadas criadas pela urbanização desordenada e pela indiferença da administração municipal controlada pelo PSD. Os CDPs (comitês democráticos populares) ofereciam uma forma flexível pela qual os membros da comunidade podiam organizar-se para obter a solução para suas reclamações mais prementes”.
Eduardo Correia e seu A viagem interrompida resgatam a função do CDP, remetem ao cotidiano de uma época, fazem justiça às lideranças populares, formam um elo entre os que lutavam contra as injustiças no início do século passado e os caminhos trilhados neste novo milênio. Definitivamente, o 9 de novembro de 1947 é resgatado como data emblemática na luta dos trabalhadores.

Ademir Medici é jornalista e escritor

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