Editorial
Edição 140 > Não haverá paz tão cedo
Não haverá paz tão cedo

Não haverá paz.
Seguirá até 2018 a "guerra" política empreendida pelo consórcio oposicionista neoliberal com o fito de depor a presidenta Dilma, criminalizar o PT, o ex-presidente Lula e a esquerda como um todo.
Ataque esse extensivo às demais forças políticas vinculadas à base do governo.
Não haverá paz uma vez que o objetivo dessa -guerra- deflagrada desde novembro de 2014, logo após a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, é sepultar em esquife de chumbo o ciclo político progressista iniciado em 2003 com o primeiro governo Lula.
Basta dessa história de mais democracia, de mais soberania nacional, chega dessa receita absurda de associar crescimento econômico com distribuição de renda, vocifera a direita neoliberal!A resiliência do ex-presidente Lula - ou como ele próprio diria: o -couro grosso-, que o mantém - torna-o competitivo para as eleições presidenciais de 2018 - conforme apontam pesquisas de intenção de voto.
É o que explica a violência política que não cessa contra ele e contra o governo.
Na verdade, explica em parte.
A outra parte vem do fato de que essas mesmas pesquisas dão conta de que os candidatos da direita, a começar de Aécio Neves, estão empacados nos índices de intenção de voto, enquanto cresce o número dos indecisos e daqueles que passam a rejeitar todos.
Neste cenário, até a extrema-direita, algo inédito, fermenta, incha e pontua nas planilhas de intenção de voto.
Objetivamente, o quartel-general dessa ofensiva da direita é a grande mídia associada à Operação Lava Jato.
Constituiu-se uma espécie de poder paralelo formado por setores da Polícia Fedral, do Judiciário e do Ministério Público que progressivamente se robusteceu a ponto de hoje rivalizar com o Estado Democrático de Direito, pisoteando-o rotineiramente.
O Manifesto de uma centena de advogados e juristas alertando para esse grave fato atesta uma reação das forças democráticas que precisa se alargar e não se curvar.
A batalha das ruas prossegue, sendo que as manifestações da direita, embandeiradas do golpe, são ostensivamente apoiadas e incentivadas pela grande mídia.
Em decorrência dessa escalada golpista, reina a instabilidade política que agrava a crise econômica e dificulta enormemente o país a superar a dura recessão.
Nos primeiros meses deste ano, emergiu um contencioso entre a presidenta Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores.
O PMDB - parte dele - há muito se engajou na investida golpista e parcelas desta legenda que ainda apoiam o governo Dilma tentam impor uma agenda à revelia do Palácio do Planalto.
Neste cenário, a dispersão da esquerda seria fatal ao governo e, também, à própria esquerda.
Impõe-se, ao contrário, manter a coesão das forças políticas avançadas, persistir na busca do apoio de amplas forças democráticas, e buscar uma pauta com forte poder de convergir empresários e trabalhadores em torno da retomada do crescimento econômico e da geração de empregos.
As declarações públicas do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff, por ocasião do aniversário do PT, reiterando os laços e os compromissos políticos em torno do êxito do governo e do projeto de desenvolvimento em curso no país, foram importantes no contexto assinalado.
***Princípios oferece à sua comunidade de leitores e leitoras uma reportagem especial sobre o primeiro ano do mandato do governador Flávio Dino, do Maranhão.
Mesmo no entremeio de uma recessão que afeta enormemente os estados e munícipios, o governo de Flávio Dino vem conseguindo êxitos na luta para desenvolver e democratizar esse estado e promover uma crescente melhoria da vida do povo que padece dos efeitos de uma histórica e perversa pobreza.
Dino, também, tem se destacado na luta contra o golpe e na defesa da legalidade democrática.
Adalberto Monteiro Editor