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Edição 131 > Forças e vulnerabilidades dos países BRICS no mundo multipolar pós-Crimeia

Forças e vulnerabilidades dos países BRICS no mundo multipolar pós-Crimeia

Alfredo Jalife Rahme
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A reunião do BRICS, que ocorrerá em Fortaleza/CE, representa uma oportunidade para fortalecer as tendências (de crescimento econômico) e concretizar os múltiplos projetos. É uma oportunidade de ouro de passar à fase de transição mais vigorosa da criativa ordem multipolar do mundo pós-Crimeia

A cartografia geoestratégica tem mudado dramaticamente nos últimos meses no mundo pós-Crimeia, o que tem acentuado as tendências que foram esboçadas em 2008 durante a guerra da Rússia contra a Geórgia, e que teve como epílogo a secessão de Ossétia do Sul e da Abecásia (Abkházia) (1).
A partir da guerra entre a Geórgia e a Rússia traçou-se a primeira linha vermelha do Kremlin na etapa de restauração relativa do czar geoenergético global Vladimir Putin, que tem jogado primorosamente a carta dos hidrocarbonetos, além dos oleodutos e gasodutos, como arma dissuasiva para impedir o desmembramento do que restou da Rússia depois da dissolução da União Soviética e também com o propósito de frear o irredentismo do trio Estados Unidos/ Otan/ União Europeia na “periferia próxima” de Moscou.
O mundo pós-Geórgia, do ponto de vista do posicionamento militar, expressou as tendências que tiveram início na primavera de 2004, quando os EUA e seus aliados não puderam controlar o petróleo do Iraque; e isso deu lugar ao novo termômetro da geoeconomia planetária, com o irreversível início da elevação do preço do petróleo – quintuplicado desde então para mais de 100 dólares, chegando a alcançar o notável pico de 150 dólares.
Não se pode entender o mundo pós-Geórgia de 2008 sem se considerar o início da ascensão irreversível da cotação do “ouro negro” a partir de 2004, levando em conta que a Rússia é a maior potência produtora de gás do planeta – seguida pelo Irã e pelo Catar, vindo Turcomenistão em quarto lugar.
Deduz-se, assim, que a arma petroleira não anda só, e necessita da cobertura de 4.300 bombas nucleares hoje nas mãos da Rússia (2). A Rússia, muito mais do que a China, voltou a mostrar suas garras militares, o que levou à incipiente ordem multipolar e, paralelamente, ao nascimento do bloco dos países BRICS.
A sequência é assombrosa: a irresistível alta do petróleo a partir da primavera de 2004; o nascimento do BRICS (oficioso em 2006 e oficial em 2009), que de um bloco quadripartido passou a um pentapartido; o mundo pós-Geórgia de 2008: tal é a plataforma multipolar que logo se concatenou com o recente mundo pós-Crimeia.
Poder-se-ia argumentar que o Grupo de Xangai, como contraponto à expansão oriental da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na década de 90 do século passado, encurralou a um mínimo vital o poder e a geografia da Rússia, que estancava suas feridas depois da “catástrofe geopolítica” (Putin dixit “disse”), e somente esperava a oportunidade propícia para deter a ofensiva, em suas fronteiras, do trio EUA/Otan/UE.
A oportunidade para deter a queda vertical da Rússia foi dada pela dupla derrota militar dos Estados Unidos no Afeganistão e, sobretudo, no Iraque, na primavera de 2004, quando a administração Bush (filho) não pôde controlar a superabundância de petróleo daquele país. 
O mundo pós-Crimeia acentuou a recuperação relativa do espaço geopolítico vital da Rússia em sua periferia mais próxima, o que levou à reincorporação da superestratégica península da Crimeia e à preponderância russa no Mar Negro (3), desencadeando o acordo histórico sobre gás com a China, bem como a criação, junto com a Bielorrússia e o Cazaquistão, da União Econômica Euroasiática.
A batalha mercantil se propaga ferozmente nos dois oceanos que banham as costas dos Estados Unidos, que buscam controlar 2/3 do comércio mundial mediante dois polêmicos tratados: 1) o Acordo Associação Transpacífico (TPPA – sigla em inglês), destinado a isolar e a “conter” a China e, de passagem, o Brasil, o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e, por extensão, a toda a Aliança Bolivariana para as Américas (Alba); 2) o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimentos (TTIP, na sigla em inglês), por meio da qual os Estados Unidos buscam atrair para sua armadilha a União Europeia – hoje fraturada econômica e politicamente, mediante o reflexo da bolha do fracking (fratura hidráulica) e seu gás de xisto (4) –, para que ela rompa seus laços energéticos com a Rússia. 
Nem todos os projetos mercantilistas dos Estados Unidos foram exitosos, conforme demonstram seus fracassos: no âmbito local, o extinto Plano Puebla Panamá e, na esfera regional, a sepultada Área de Livre Comércio das Américas (Alca).
O mais provável é de que assistamos à formação de blocos regionais em torno de seus respectivos países líderes: os Estados Unidos (com a absorção do Canadá e do México); o Brasil (com o Mercosul e a luta para controlar a União de Nações Sul-Americanas, Unasul); a Alemanha (controlando o que resta da Europa e talvez criando a sonhada “rota da seda” com a China e a Rússia) (5); a China (com a Associação de Nações do Sudeste Asiático, Asean-10; se os Estados Unidos não a abortar antes, atiçando fogo nos litígios dos mares do Sul e do Leste da China).
As forças e vulnerabilidades de cada um dos cinco membros do BRICS afetam o bloco como um todo. Mesmo dentro do BRICS existem níveis e gradientes de poder não equiparáveis entre todos os seus membros – como é o caso da esfera nuclear, havendo em seu seio uma superpotência atômica da magnitude da Rússia e potências médias como a China (com 250 bombas) (6) e a Índia (com 80 a 100 bombas) (7).
Curiosamente, a África do Sul possuía seis bombas nucleares antes de os governos pós-Apartheid as desmantelarem de forma unilateral e voluntária (8), enquanto no Brasil a Constituição nacional proíbe a adoção de bombas atômicas, apesar de esse país possuir know-how para fabricá-las.
O impressionante consiste em que o novo binômio geoestratégico constituído por Rússia e China, sem formar uma aliança formal, mostra uma espantosa complementariedade.
Anatole Kaletsky, analista britânico de linha conservadora, não oculta “a força da Rússia em sua avançada (sic) tecnologia militar, aeronáutica e de software, bem como sua debilidade na produção massiva de bens de consumo e de hardware eletrônico. A China tem as forças e as debilidades inversas”. Esse autor alega que talvez a viagem de Putin a Xangai “poderia ainda marcar o início de um realinhamento estratégico entre as superpotências nucleares, comparável às ‘placas tectônicas’ da visita que Nixon fez à China em 1972” (9).
Existem outros tipos de complementaridades entre os membros do BRICS que vão desde os alimentos, como é o caso da China – importadora de matérias-primas e alimentos – com o Brasil, já a primeira potência alimentar do mundo.
Abordarei, com uma metodologia multidimensional, as forças e vulnerabilidades de cada um dos integrantes do BRICS, assim como do bloco como um todo.
Do ponto de vista geoestratégico, no mundo pós-Crimeia, se estabelece a tripolaridade formada por Estados Unidos, Rússia e China – que poderia se estender, do ponto de vista dos blocos geoeconômicos vigentes, a uma bipolaridade trans/metarregional entre o G-7 e os países ascendentes BRICS (10).
Não faltam analistas que discutam a emergência de novos “hegemones” (líderes supremos) regionais, como é o caso do israelense-estadunidense Robert D. Kaplan (11), que expõe a sugestão de alguns analistas em favor de “um sistema de ‘hegemones’ regionais: Estados Unidos na América do Norte (sic), Brasil na América do Sul, Alemanha na Europa, Rússia na Eurásia, China na Ásia e assim por diante”.
Kaplan considera que “o problema desse cenário é que ele implica igualdade entre os hegemones quando esta não existe. Supõe também que esses hegemones são estáveis, o que constantemente não o são” e arremete contra o Brasil que, a seu juízo, sofreria de “profundos (sic) problemas institucionais e de desordem social”, enquanto a Rússia “não dominaria tanto os mercados energéticos no futuro, apesar do decréscimo de sua própria população”. Julga ainda esse autor que a Alemanha, “para manter uma política exterior poderosa, se encontraria enredada no setor energético e com a economia da Rússia”, enquanto a China estaria “sentada sobre uma extensa burguesia creditícia, que é um de seus desafios estruturais e econômicos”.
Para Kaplan, restariam os “Estados Unidos, que têm os seus problemas” (paralisia bipartidária, quebra do setor de saúde, disparidade crescente entre ricos e pobres etc.), mas não exibiriam “o lastro dos outros hegemones”. Esse autor profetiza ainda que “alguns dos hegemones poderão se arruinar severamente nos próximos anos, já que a Rússia e a China podem padecer de uma significativa desordem social”.
Por fim, Kaplan prevê um “mundo anárquico e amórfico, combinado com a tecnologia pós-moderna”, algo assim como, a meu juízo, uma anarquia (sua obsessão) com “fractais” (ordens dentro da desordem, segundo a Teoria do Caos) tecnológicos. Nesse mundo anárquico, uma minoria plutocrática/oligárquica/oligopólica pretenderá controlar orwellianamente a esmagadora maioria dos habitantes do planeta mediante metadados, drones, robôs, dívidas impagáveis e/ou créditos de consumismo desregulado e de supercomputadores de velocidade espantosa: os neoescravos da virtual cadeia eletrônica global.
É evidente que os analistas dos Estados Unidos e da Rússia não respeitam mutuamente seus destinos ontológicos imediatos, já que nada menos que Igor Panarin, decano da Academia da Diplomacia na Rússia, advertiu sobre o desmembramento dos Estados Unidos em seis partes (12).
Desde 2006 (de forma oficiosa) e/ou 2009 (de forma oficial), os países do BRICS se estabeleceram e, desde então, convergem cada vez mais em seus objetivos – apesar das múltiplas variáveis internas divergentes –, de tal modo que há vários candidatos desejosos por se integrar ao bloco, como o Irã e a Argentina.
Se, em seu início, o BRICS parecia mais um bloco geoeconômico, oito anos depois (de forma oficiosa) e/ou cinco anos depois (de forma oficial) adotou de forma mais vibrante uma agenda geopolítica na qual suas duas superpotências, Rússia e China, acabam determinando o que se deve fazer e a conduta a ser seguida.
São notórias as forças dos países BRICS no âmbito nuclear – com a supremacia russa e a posse de bombas atômicas pela China e Índia –, assim como na esfera das reservas de divisas. De acordo com o ranking da CIA dos primeiros 20 lugares, o BRICS – com a exclusão da África do Sul – leva vantagem sobre o G-7, com exceção do Japão que detém a segunda reserva mundial de divisas. A China aparece em primeiro lugar no ranking das reservas de divisas, a Rússia em sexto, o Brasil em oitavo e a Índia em undécimo (13). O paradoxo é que os países BRICS não têm conseguido traduzir seu enorme poderio pela posse de reservas de divisas na incipiente ordem multipolar.
No campo geoeconômico, o BRICS foi paulatinamente tomando o lugar dos países integrantes do G-7. Segundo recentes projeções do Banco Mundial, em termos de Produto Interno Bruto (PIB) – medido pelo Poder de Paridade de Compra (poder aquisitivo) –, a China desbancará os Estados Unidos do primeiro lugar ao final deste ano, enquanto a Índia já substituiu o Japão no terceiro lugar, o Brasil deslocou a Grã-Bretanha do oitavo lugar no ano passado e a Rússia já ocupa o sétimo lugar (14). Do ponto de vista geoeconômico, o BRICS – sem a África do Sul – está substituindo gradualmente o G-7, enredado em sua enorme dívida.
Há três campos em que os países BRICS mostram vulnerabilidades: 1) o enigma da Índia; 2) a multimídia, simultaneamente à internet e aos servidores; 3) as geofinanças.
O tsunami eleitoral do partido ultranacionalista hindu Bharatiya Janata, do primeiro-ministro Narendra Modi, representa uma incógnita dentro do BRICS, num momento em que tanto os Estados Unidos quanto o Japão tentam atrair a Índia para criar um eixo com a Austrália e a anglosfera com o objetivo de deter a China. Fortalecerá a Índia sua participação no BRICS ou sucumbirá aos cantos de sereia do TPP e de seu corolário militar anglo-saxão-
O mundo pós-Snowden, que expôs a vigilância orwelliana de todos os países do mundo e de seus mandatários, espiados pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, desnudou por completo a imensa vulnerabilidade do BRICS, que deverá libertar-se da escravidão da internet e seus servidores em mãos dos Estados Unidos e de Israel (Google, Twitter, Facebook, Yahoo, Linkedin etc.).
Talvez com a internet e a multimídia – que operam nos mercados de ações de forma instantânea por intermédio do High-Frecuency Trade –, as geofinanças representem uma das principais vulnerabilidades dos países BRICS, que ainda são dependentes da caduca ordem mundial de Bretton Woods e de seus anômalos organismos internacionais (FMI, BM, OMC, OCDE etc.).
No Índice de Desenvolvimento Financeiro, publicado pelo Fórum Econômico Mundial de Davos, o BRICS – com a exceção muito discutível de Hong Kong (que pertence à China sob a modalidade de “um país, dois sistemas”) –, ocupa lugares patéticos que não correspondem ao seu poderio nos outros campos (militar, geoeconômico, mercantil e de reservas de divisas).
Hong Kong ostenta o primeiro lugar, seguido pelo binômio anglo-saxão dos Estados Unidos (segundo lugar) e Grã-Bretanha (terceiro lugar), enquanto os países BRICS ocupam posições remotas: Brasil, 32º; Rússia, 39º; Índia, 40º; China, 23º; e África do Sul, 28º (15).
Destaca-se a severa vulnerabilidade do BRICS nas geofinanças, ainda dominadas pela dupla Estados Unidos/Grã Bretanha, em particular, e pelo G-7, em geral.
O predomínio do dólar estadunidense é avassalador (ao redor de 65% das trocas cotidianas de divisas no comércio mundial), seguido pelo euro (em torno de 25%), apesar de suas vicissitudes, seguidos pelo iene japonês e pela libra esterlina.
As divisas dos países BRICS são muito vulneráveis, com exceção do yuan chinês, que começa a se fortalecer por meio de contratos de swap (permuta) nas praças de Hong Kong, Xangai e, recentemente, com o fim de se internacionalizar, nas de Frankfurt e Londres. Ainda falta muito tempo, talvez 10 anos – a fortiori, devido ao gradualismo consubstancial à mentalidade chinesa –, para que o yuan seja competitivo em relação ao dólar estadunidense – o que dirá em relação ao euro.
A híbrida e incipiente multipolaridade geoeconômica/geopolítica, em que pese o poderio geoestratégico da Rússia e da China, ainda não se reflete nos intercâmbios das divisas: o verdadeiro domínio do dólar estadunidense, ao lado do euro – operando este último como apêndice transatlântico daquele e que não pôde se libertar da tutela de Washington. Aqui a fraqueza do Brasil é patente e sumamente dependente dos capitais de Wall Street e da City londrina.
Os Estados Unidos e a União Europeia continuam controlando os organismos internacionais surgidos de Bretton Woods, onde a presença desta última ainda não é suficiente para superar o veto estadunidense, notoriamente no FMI, nem o controle da cúpula do Banco Mundial, sem falar das amarras do G-7 no seio da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Os países BRICS, ou repartem melhor a equidade da nova ordem multipolar no seio dos organismos internacionais controlados pelos Estados Unidos – que se comportam como se não tivessem interesse em ser uma superpotência unipolar – ou estão obrigados a desprender-se do jugo estadunidense mediante a criação de organismos que evidenciem a multipolaridade: desde a edificação de uma divisa comum do BRICS até o lançamento de um Banco de Desenvolvimento – que não saiu do papel e que o prudente gradualismo da China postergou para não se indispor demasiadamente com os Estados Unidos.
A reunião de cúpula do BRICS, na cidade de Fortaleza (Brasil), representa uma oportunidade para fortalecer as tendências e concretizar os múltiplos projetos, de acordo com a conjuntura e as circunstâncias. Desde a sua criação oficiosa há oito anos e/ou seu lançamento oficial há cinco, é a primeira vez que os países BRICS se reúnem num entorno geoestratégico mais favorável: o mundo pós-Crimeia, cuja estrela polar constitui o histórico acordo de gás entre a Rússia e a China, a coluna vertebral geoestratégica do bloco pentapartido.
Daí que, em Fortaleza, hoje como nunca, o BRICS tem a oportunidade de ouro – que aparece poucas vezes na história – de passar à fase de transição mais vigorosa da criativa ordem multipolar do mundo pós-Crimeia.

* Alfredo Jalife Rahme  é professor de pós-graduação na Facultad de Contaduría y Administración (UNAM) e de graduação na Facultad de Ciencias Políticas y Sociales, ambas na Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM). Autor de vários livros e comentarista de televisão, em canais como CNN, Russia Today, Telesur e Proyecto 40. Analista de geopolítica, geoeconomia e globalização dos jornais La Jornada, El Horizonte, Por Esto! e Réseau Voltaire

Tradução de Eugênio Rezende de Carvalho e revisão técnica de Maria Lucilia Ruy.


Notas

(1) In: http://www.jornada.unam.mx/2008/08/20/index.php-section=opinion&article=020o1pol
(2) In: http://bos.sagepub.com/content/70/2/75.full
(3) In: http://www.jornada.unam.mx/2014/04/20/opinion/012o1pol
(4) In: http://www.jornada.unam.mx/2014/06/01/opinion/018o1pol
(5) In: http://www.jornada.unam.mx/archivo_opinion/autor/front/4/41031
(6) In: http://bos.sagepub.com/content/69/6/79.full
(7) In: http://bos.sagepub.com/content/68/4/96.full
(8) In: http://www.foreignaffairs.com/articles/49411/j-w-de-villiers-roger-jardine-mitchell-reiss/why-south-africa-gave-up-the-bomb
(9) In: http://www.alfredojalife.com/se-asienta-el-mundo-multipolar-acuerdo-historico-de-rusia-y-china-en-shanghai/
(10) In: http://www.jornada.unam.mx/2012/04/08/politica/010o1pol e http://www.jornada.unam.mx/2014/04/16/opinion/016o1pol
(11) In: http://www.stratfor.com/weekly/old-order-collapses-finally
(12) In: http://rt.com/politics/panarin-usa-collapse-economy-905/
(13) In: https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2188rank.
ml-countryname=Mexico&countrycode=mx&regionCode=noa&rank=18#mx
(14) In: https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2001rank.html-countryname=Mexico&countrycode=mx&regionCode=noa&rank=11#mx
(15) In: http://www.weforum.org/reports/financial-development-report-2012

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