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Edição 131 > BRICS e um novo sistema de governança global

BRICS e um novo sistema de governança global

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Embaixada da República Popular da China

A expectativa para a 6ª Cúpula do BRICS é de que os países membros venham a se tornar verdadeiramente uma sólida fortaleza na manutenção da estabilidade e paz mundial e na promoção do desenvolvimento, modelando, ainda, a governança mundial.

Embaixada da República Popular da ChinaA expectativa para a 6ª Cúpula do BRICS é de que os países membros venham a se tornar verdadeiramente uma sólida fortaleza na manutenção da estabilidade e paz mundial e na promoção do desenvolvimento, modelando, ainda, a governança mundialDesde o século 21, as economias emergentes ascenderam juntamente - o que reverteu o quadro no qual a economia mundial foi impulsionada principalmente por economias avançadas durante mais de 200 anos.

Em 2001, BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ainda era apenas uma concepção econômica e de investimentos.

Com mais de uma década, especialmente desde a primeira cúpula dos líderes do BRICS, realizada em 2009 em Ecaterimburgo, até as cúpulas de Brasília, Sanya, Nova Déli e a de Durban do ano passado, o mecanismo do encontro entre líderes do BRICS foi se aperfeiçoando continuamente.

Com o BRICS já se formou um quadro de cooperação de multiníveis e áreas amplas.

Com os resultados conquistados nas cooperações pragmáticas, a cooperação interBRICS agora tem um conteúdo sólido.

Atualmente, a população dos países BRICS ocupa 42% do total mundial, o território quase 30% do mundo, a economia, somada, 21%, e o volume do comércio exterior ocupa 21%.

Durante os últimos dez anos, a contribuição desses países para o crescimento econômico mundial superou 50%, tornando o BRICS um motor importante (uma mola mestra) da recuperação e do crescimento sustentável da economia global.

Conforme previsões de alguns analistas, o Produto Interno Bruto (PIB) acumulado do BRICS superará os EUA até 2018, e o G7 até 2030.

Enquanto o poder econômico cresce, o grupo BRICS já se tornou uma plataforma estratégica para as principais economias emergentes realizarem diálogos e cooperações, e participarem ativamente da governança global, tornando-se uma força importante na preservação da paz mundial e promoção do desenvolvimento comum.

Os cinco membros desse grupo são os principais países grandes nos respectivos continentes, e membros importantes das Nações Unidas, do G20 e demais organismos internacionais e mecanismos multilaterais, desempenhando também papéis críticos em vários organismos regionais.

Os cinco países têm mantido estreitas ordenações e cooperações sobre uma série de questões internacionais críticas - como crise financeira, mudança climática e outras questões relevantes regionais, contribuindo grandemente para a defesa dos interesses globais dos países em desenvolvimento, e para que os países emergentes e em desenvolvimento tenham maior representatividade e voz nos assuntos internacionais.

Claro, nada se desenvolve sempre de vento a favor, e a trajetória do BRICS não é exceção.

No ano passado, devido a grandes dificuldades tanto internas como externas e à desaceleração relativa de suas economias, novamente surgiram vozes a depreciar o BRICS perante a opinião pública internacional, prevendo com pessimismo o mecanismo do BRICS e as cooperações interBRICS.

No entanto, muitas críticas e dúvidas são exageradas e parciais.

Primeiro, o desenvolvimento econômico sempre tem altos e baixos.

Desde o início do século 21, os países BRICS mantêm um crescimento rápido.

Mesmo passando pela crise financeira mundial de 2008, continuaram a crescer, e tornaram-se motor do crescimento econômico mundial.

Atualmente, mesmo com uma desaceleração relativa, os fundamentos econômicos dos países BRICS ainda estão favoráveis, e a velocidade de crescimento em média é mais de duas vezes superior à dos países avançados.

Segundo, além das vantagens destacadas de força de trabalho, recursos e mercado, os países BRICS souberam explorar ativamente o curso de desenvolvimento que corresponde às próprias realidades, acelerando as reformas e inovações.

Daí alcançaram resultados notáveis no seu desenvolvimento socioeconômico e um poderio muito maior do que antes, com melhor capacidade para enfrentarem desafios e resolver problemas.

Atualmente, os países BRICS, incluindo a China, estão promovendo ativamente as reformas, a modificação de modelo de desenvolvimento, a estabilidade financeira e de receita, e um desenvolvimento impulsionado por inovação.

Estamos convictos de que com o avanço contínuo dos nossos trabalhos, além da recuperação progressiva da economia mundial, os países BRICS voltarão a crescer rápido.

O mundo de hoje está vivendo profundas mudanças.

A conjuntura internacional enfrenta novos reajustes.

As incertezas e fatores instáveis que influenciam a situação tanto global como regional aumentam.

É uma questão polêmica após outra.

A multipolarização avança ziguezagueando.

A economia mundial sofre reajustes profundos, com uma recuperação lenta e difícil e a falta de vigor.

Para um desenvolvimento econômico forte, sustentável e equilibrado ainda tem um caminho muito longo a percorrer.

O grupo BRICS, formado por economias emergentes e países em desenvolvimento, que desempenha um papel importante na recuperação econômica mundial e na promoção da ordem mundial numa direção mais justa e razoável, precisa se unir e cooperar para ganhar mais vigor de desenvolvimento e coesão entre si, com o objetivo de abrir novas perspectivas do nosso próprio crescimento econômico, enquanto impulsiona o crescimento econômico mundial, fazendo contribuições para a paz e estabilidade do mundo.

Os países BRICS são muito diferentes e complementares nos recursos naturais, estrutura setorial e rumo de desenvolvimento, e já apresentam uma base sólida de cooperação econômica.

Atualmente, o seu volume de comércio exterior ocupa 16% do total mundial, enquanto o volume de comércio interBRICS só chega à ordem de 336 bilhões de dólares, ou seja 1,5% do total mundial.

Isso demonstra que o potencial da cooperação econômica interBRICS ainda não chegou a 100%.

Devemos demonstrar confiança no nosso rumo de desenvolvimento e na perspectiva do BRICS.

Assim que definirmos o rumo certo, apliquemos medidas eficazes, agarremos a oportunidade e avancemos de mãos dadas, e então teremos um futuro brilhante de cooperação interBRICS.

O primeiro ciclo da cúpula do BRICS terminou exitosamente em 2013, em Durban, na África do Sul, e este ano ocorrerá no Brasil.

Sendo membro do BRICS, o Brasil tem-se esforçado, junto com os outros membros, no sentido de ampliar a cooperação, manter a comunicação e coordenação, apresentar várias sugestões construtivas para o estabelecimento e a melhoria do mecanismo do grupo, assumir trabalhos importantes - particularmente nos temas de redução da pobreza, proteção ambiental, governança cibernética, reforma dos organismos internacionais de finanças e de comércio -, contribuindo assim para aumentar a influência do BRICS e defender os interesses do conjunto.

Vale ressaltar que as relações sino-brasileiras se desenvolvem rapidamente e se tornam uma miniatura vívida da cooperação de benefícios mútuos e ganhos compartilhados entre os membros, refletindo a forte vitalidade e perspectivas promissoras da cooperação do BRICS.

Esperamos que o Brasil, durante o seu mandato de presidência rotativa, possa elevar a cooperação e o mecanismo do BRICS a um novo patamar.

A VI Cúpula do BRICS iniciará o segundo ciclo de reuniões de seus países integrantes, ou seja, o mecanismo passa da fase inicial para a fase madura.

Como dizem os chineses, um bom começo é a metade do sucesso.

Se esta cúpula começar bem, o desenvolvimento do BRICS na nova etapa será mais favorável e o caminho será cada vez mais amplo.

Como andam os primeiros passos do segundo ciclo- Do nosso ponto de vista, são os seguintes:Em primeiro lugar, implementar ativamente os consensos alcançados e acelerar a cooperação pragmática de diversas áreas.

Desde a primeira cúpula do BRICS, têm sido publicadas várias declarações e vários comunicados conjuntos e assinados diversos documentos de cooperação nas áreas de economia e comércio, finanças, investimento e tecnologia, entre outras.

Vale especialmente recordar que, na V Cúpula realizada no ano passado, os líderes dos cinco países concordaram em estabelecer o Banco de Desenvolvimento do BRICS e a reserva de divisas de contingência com um valor inicial de 100 bilhões de dólares.

Essas duas decisões são medidas fundamentais para a construção do mecanismo e fortalecimento da cooperação pragmática, e contribuem ativamente para a melhoria da governança financeira global.

Ao longo de mais de um ano, avançaram os trabalhos a esse respeito a passos seguros.

Esperamos obter progressos substanciais nesta cúpula.

Ao mesmo tempo, todas as partes devem acelerar a cooperação pragmática nas áreas de economia e comércio, finanças, infraestruturas, indústria, saúde, agricultura, estatísticas, tecnologia e intercâmbio do pessoal.

Em segundo lugar, reforçar a cooperação econômica e buscar novos pontos de crescimento.

Sob o contexto da lenta recuperação econômica mundial, dos riscos do mercado financeiro internacional, da aceleração do processo das negociações dos tratados de livre comércio regional - que não incluem os países do BRICS -, e do abrandamento do crescimento econômico do BRICS, a China acha que os membros do BRICS precisam desenvolver uma parceria econômica mais estreita, por meio da elaboração de um quadro da cooperação pragmática econômica de diversas áreas, de abertura mútua e de integração entre os mercados dos membros, da complementaridade mútua dos fatores de produção de capitais, força de trabalho, tecnologia e recursos naturais, aumentar a liberalização do comércio e a facilitação de investimento, proporcionando, assim, uma nova força-motriz ao crescimento econômico dos membros do grupo.

Os países BRICS devem reforçar ainda a coordenação das políticas macroeconômicas para enfrentarem conjuntamente os riscos do mercado global, e promoverem juntos a reforma do mecanismo da governança econômica global para defender os interesses do BRICS e dos países em desenvolvimento, criando novos pontos fortes para a cooperação do BRICS.

Em terceiro lugar, continuar a desempenhar um papel construtivo na reforma do sistema da governança mundial e promover reforma para obter avanços substanciais.

O sistema atual da economia internacional fundou-se há mais de meio século e já não pode refletir completamente as mudanças na situação internacional atual e o papel importante das economias emergentes e dos países em desenvolvimento, representadas pelos países BRICS no processo de encarar a crise financeira internacional e estimular o crescimento econômico mundial.

Nos anos recentes, os membros do BRICS participam ativamente na reforma das instituições da governança econômica mundial, como Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial e reivindicam tenazmente em instituições como Organização das Nações Unidas (ONU), G20, Organização Mundial do Comércio (OMC), para garantir maior representatividade e voz das economias emergentes e países em desenvolvimento em temas importantes globais - o que não só corresponde à realidade da transformação profunda da situação internacional, mas também conduz ao impulso da ordem internacional a um caminho mais justo e razoável, de forma a fornecer garantias institucionais à estabilidade e paz mundial.

No futuro, os países BRICS deverão continuar a desempenhar um papel construtivo na reforma do sistema da governança mundial, promover a reforma das instituições financeiras e econômicas internacionais como OMC, FMI, Banco Mundial, Conselho de Estabilidade Financeira, ampliar ainda mais a voz e o direito de formular regras das economias emergentes na governança da economia mundial, trabalhando juntos para estabelecer uma nova ordem econômica justa e equitativa, benéfica, mútua, inclusiva e ordenada.

Atualmente, é necessário especialmente às partes interessadas que implementem a cota e o projeto da reforma da governança ratificados pelo FMI em 2010 e iniciem com a maior brevidade e concluam o novo ciclo da revisão geral da cota, para se manter a tendência do desenvolvimento da reforma do FMI e aumentar a capacidade de enfrentar riscos financeiros mundiais.

O BRICS constitui um modelo clássico de cooperação entre países de diferentes regiões, regimes, modelos e civilizações.

Acabando de completar o primeiro ciclo das cúpulas, o BRICS tem ainda à sua frente muitas questões a serem discutidas.

Mas, no final das contas, a solução se baseia no desenvolvimento e na cooperação.

Para manter a tendência de desenvolvimento do BRICS, os países membros precisam não só desenvolver a sua força própria, mas também estimular a criatividade e se comunicarem sinceramente, criando um BRICS forte e sólido.

Estamos plenamente confiantes no futuro do BRICS.

O mecanismo do BRICS - através da cooperação, e numa atitude transparente, aberta e inclusiva - promove, participa e modela ativamente a governança mundial, constituindo uma energia positiva de desenvolvimento comum, humano e de estabilidade e paz mundial.

A palavra -fortaleza- em português significa solidez e base.

Esperamos que, através da realização da cúpula em Fortaleza, os países BRICS venham a se tornar verdadeiramente uma sólida fortaleza na manutenção da estabilidade e paz mundial e na promoção do desenvolvimento e prosperidade.

Em 2014, o Brasil realizará sucessivamente eventos de maior regozijo e de grande importância.

Estamos com esperanças e fazemos votos de um grande sucesso na realização da Copa do Mundo e da VI Cúpula do BRICS no Brasil, que trarão ao mundo alegria e felicidade.

 

 

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