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Edição 127 > O movimento paraolímpico brasileiro
O movimento paraolímpico brasileiro

Há notícia da existência de clubes esportivos para pessoas surdas em Berlim (Alemanha), ainda em 1888. Hoje, os atletas surdos praticavam esportes junto de pessoas sem deficiência e não possuíam modalidades no programa paraolímpico.
Em 1945, com o término da Segunda Guerra Mundial, o neurocirurgião judeu-alemão Ludwig Guttmann iniciou um trabalho de reabilitação de veteranos de guerra paraplégicos, através de práticas esportivas na Inglaterra.
A primeira competição para atletas com deficiência aconteceu na cidade de Guttmann, Stoke Mandeville (Inglaterra), no dia 29 de julho de 1948 - data exata da abertura das Olimpíadas de Londres. Quatro anos depois, surgiu o movimento internacional, que culmina com a 1ª Paraolimpíada em Roma (Itália), em 1960. Quatrocentos atletas participaram daqueles primeiro jogos. Em Londres/2012, havia 4.200 participantes de 165 países.
Brasil paraolímpico
O esporte paraolímpico brasileiro surgiu em 1958 com a criação de clubes agregando atletas com deficiência. Os pioneiros, Robson Sampaio de Almeida e Sérgio Seraphin Del Grande, resolveram trazer o esporte paraolímpico para o Brasil enquanto faziam tratamento hospitalar nos Estados Unidos.
Em 1969, o Brasil teve sua primeira participação internacional nos Jogos Parapan-Americanos de Buenos Aires (Argentina). Em 1972, o Brasil foi representado pela primeira vez em uma Paraolimpíada, realizada em Heidelberg (Alemanha). Mas foi em 1976, em Toronto (Canadá), que o Brasil conquistou as primeiras medalhas.
Em 1978, foi a vez de o Brasil sediar uma edição dos Jogos Pan-Americanos em Cadeira de Rodas. As disputas aconteceram no Rio de Janeiro. A partir dali, começavam a surgir entidades representativas das diversas modalidades de esporte para pessoas com deficiência.
O melhor desempenho do Brasil foi em Pequim, no ano de 2008, quando a delegação brasileira conquistou 47 medalhas. A melhor colocação no ranking foi em Londres/2012, ficando em 7º lugar (43 medalhas), com a meta de avançar para o 5º lugar na Paraolimpíada do Rio de Janeiro em 2016.
Hoje, as Paraolimpíadas são eventos de esporte de alto rendimento para atletas com deficiência, que enfatizam mais as conquistas do que as deficiências de seus participantes.