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Edição 124 > Com a Força do Povo

Com a Força do Povo

Dilma Rousseff*
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Neste artigo exclusivo para Princípios, a presidenta Dilma Rousseff elenca avanços e conquistas alcançados pelo povo brasileiro nos últimos 10 anos. Dilma destaca o protagonismo do ex-presidente Lula, cujo governo iniciou o processo de mudanças no país, e reafirma seu compromisso de continuar construindo "um Brasil socialmente menos desigual, economicamente mais competitivo e mais educado"

Nos últimos dez anos, o Brasil alcançou um patamar único na sua história. Os governos das forças progressistas, liderados pelo presidente Lula e agora por mim, despertaram uma transformação pacífica, democrática e profunda que elevou o povo brasileiro, pela primeira vez, à condição de protagonista de sua história.

 Na última década, raros são os países que, como o Brasil, podem se orgulhar de oferecer a seus jovens um futuro melhor. A crise financeira, iniciada em 2007, devastou milhões de empregos e esperanças no mundo desenvolvido. No Brasil, ocorreu o contrário.

Quarenta milhões de pessoas foram incorporadas à chamada nova classe média, no maior movimento de ascensão social da história do país; a miséria extrema passou a ser combatida com uma ação sistemática de apoio às famílias mais pobres e com filhos jovens. Através do programa Brasil Carinhoso, somente em 2012 retiramos da pobreza extrema 16,4 milhões brasileiros. E, em 2013, radicalizamos este compromisso, ampliando o programa Brasil Sem Miséria para tirar da pobreza extrema mais de 2,5 milhões de pessoas, zerando assim o cadastro oficial de miseráveis do país.

Entre 2003 e 2012, a renda média do brasileiro cresceu de forma constante e a desigualdade caiu ano a ano. Nesta década, foram criados, sem perda de direitos trabalhistas, 19,4 milhões novos empregos, sendo 4 milhões apenas nos últimos dois anos. Herdamos um país cuja taxa de desemprego beirava os 12%. Hoje, vivemos a situação de pleno emprego, rara na história de qualquer país, quanto mais o Brasil.

Entre 2002 e 2012, quase triplicamos o orçamento público em Educação, dobrando para 6,7 milhões o número de vagas no ensino superior; construímos o maior programa habitacional do mundo, o Minha Casa, Minha Vida, que terá até o ano que vem 2 milhões lares contratados; ampliamos o crédito, trazendo os juros a patamares mais civilizados; cortamos o valor da conta de luz; reduzimos impostos; e lançamos o mais ambicioso programa de modernização da logística do país. Tudo isto, com uma economia sólida, sem os percalços a que assistimos em tantos países.

Foi com a força do povo que fizemos todas estas mudanças - e a força do povo é o motor da história. Ter o povo como protagonista dos destinos de um país significa que este país assumiu novas prioridades: a inclusão social e o combate à desigualdade; o combate à discriminação de gênero, raça e credo; a recuperação do salário e do poder de compra; o investimento em infraestrutura capaz de dar ao país uma logística eficiente; a transformação da habitação em um eixo da cidadania; a proteção ao consumidor; o combate sistemático à inflação, que sempre fere os mais desfavorecidos; o incentivo ao crédito popular; o investimento pesado em saúde; a priorização da educação como alicerce de transformação do país em uma potência.

Esta década tem milhões de construtores, mas esta década tem seu líder. Este grande líder chama-se Luiz Inácio Lula da Silva. Foi ele que, com coragem e pioneirismo, começou a fechar a porta do atraso e a escancarar a porta das oportunidades para brasileiras e brasileiros de todas as raças, de todas as classes e de todos os credos.

Não por acaso, a porta aberta pelo primeiro operário presidente deixou entrar, também, a primeira mulher presidenta. Missão que tenho a honra, a alegria, a imensa responsabilidade e a humildade de exercer.

Um operário e uma mulher só foram eleitos para a presidência do Brasil porque contavam com uma aliança progressista, popular e democrática. O PT, hegemônico nesta aliança, tem enorme crédito pelas grandes transformações dos últimos dez anos. Mas um governo não se constrói com um único partido. É preciso um arco de alianças que sustente os compromissos populares. Quero fazer aqui um reconhecimento público do apoio, da determinação e da dedicação do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e de seus militantes. Nestes dez anos, mesmo nos momentos mais duros, mais difíceis, quando alguns titubearam, o PCdoB foi firme.

Quando assumimos o governo, o Brasil estava sem rumo. Com o presidente Lula, o país ganhou um rumo - o rumo da inclusão social, da oportunidade para todos, do desenvolvimento nacional. Nestes dois anos, aprofundamos as conquistas dos governos do presidente Lula e seguimos no rumo certo.

A nova década abre-se com novos e maiores desafios. O fim da miséria e o aumento da classe média impulsionam exigências mais complexas. As utopias, as reivindicações e os anseios se ampliam.

A mãe que tirou seu filho da miséria com o Bolsa Família e outros programas sociais sonha agora com sua futura formatura. A família que conseguiu entrar no século 20 com o Luz para Todos almeja agora entrar no século 21 com a banda larga e a inclusão digital. O estudante pobre ou afro-descendente que ingressou na universidade graças ao programa de cotas e ao ENEM deseja agora estudar numa das melhores universidades do mundo com o Ciência Sem Fronteiras. O cidadão que conseguiu seu teto graças ao Minha Casa, Minha Vida demanda agora o transporte público eficiente, a escola de qualidade e o posto de saúde ágil e funcional.

A cidadania amplia os horizontes, os interesses e os desejos. Temos de estar preparados para esse desafio. Temos de aprofundar o modelo de desenvolvimento com distribuição de renda, inclusão social e cidadania.

A nossa agenda de futuro exige novas respostas para esse novo Brasil de classe média que está emergindo.

É imperativo atendê-lo nos seus anseios de segurança, de saúde, esporte, turismo e cultura. E temos de assegurar especialmente que ele possa exercer sua cidadania de forma plena.

Estes dez anos foram apenas o início. Avançamos muito na construção da cidadania, mas é preciso ir além. Iremos aproveitar a exploração do pré-sal para concentrar recursos na educação, que gera oportunidades para os cidadãos e melhora a qualificação da nossa força de trabalho. É a educação a base que irá nos transformar em um país socialmente menos injusto e economicamente mais desenvolvido. Um Brasil socialmente menos desigual, economicamente mais competitivo e mais educado. Um Brasil dos brasileiros, com os brasileiros, para os brasileiros.

*Dilma Rousseff é presidenta da República Federativa do Brasil

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