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Edição 104 > 1989 “Fim da História” e do Socialismo? Vinte anos de crise e transição
1989 “Fim da História” e do Socialismo? Vinte anos de crise e transição
A queda do Muro de Berlim produziu um efeito semelhante ao da queda da Bastilha, que encerrou a era absolutista. Muitas teorias sobre a ordem mundial surgiram a partir deste fato. Vinte anos depois abre-se novamente espaço para o avanço das agendas socialistas. Qual o balanço que se pode fazer deste período?

A espetacular queda do Muro de Berlim, símbolo da Guerra Fria, produziu um efeito simbólico e sistêmico semelhante ao da queda da Bastilha ocorrida exatamente 200 anos antes, que encerrou a era absolutista. Agora, segundo afirmou-se, tratava-se do fim do socialismo e da afirmação da globalização neoliberal. A obra de Fukuyama Fim da História? marcou a década seguinte, encerrando o século XX com um otimismo ingênuo, como se as contradições acumuladas tivessem sido zeradas e se iniciasse um mundo novo de “Paz, Democracia e Prosperidade”. Mas a primeira década do século XXI foi marcada pela instabilidade e pelo Choque de Civilizações de Huntington. O terrorismo e a guerra contra ele, o retorno e a reafirmação de lideranças populares (de novo tipo), a crise financeira, o desemprego e a recessão internacional pareciam contradizer a década anterior e a própria globalização. A China, um país socialista, exibiu o mais alto nível de crescimento econômico do planeta e novos polos de poder se formaram no Terceiro Mundo. Afinal, que balanço se pode fazer dos últimos 20 anos?
1989-1991: da queda do Leste europeu à queda da URSS
Na década de 1970 o Ocidente capitalista, em particular os Estados Unidos, mergulhou numa crise grave, cíclica, e tentou elaborar novas políticas para superá-la. Ela ficou marcada por uma quinzena de revoluções no Terceiro Mundo. Os anos seguintes, pelo contrário, são os do neoliberalismo de Thatcher e da Nova Guerra Fria de Reagan. O documento Santa Fé, da administração Reagan, definiu o período como uma Terceira Guerra Mundial, enquanto no primeiro mundo era desencadeada a onda neoliberal, que procurava renovar o capitalismo em suas formas econômicas e fazê-lo retroceder socialmente. Abria-se a era do conservadorismo, da despolitização e da pós-modernidade.
Enquanto o capitalismo se renovava, a URSS não ultrapassou o fordismo, pagou um elevado preço econômico por seu envolvimento militar ampliado e aprofundou sua estagnação política. A paralisia e a corrupção da burocracia brejneviana abriram caminho para a ascensão de Gorbachev e sua Perestroika reformista. A crise da dívida externa já golpeara o nacional-desenvolvimentismo no terceiro mundo e o neoliberalismo derrotara a social-democracia no primeiro mundo. Agora era a vez dos países socialistas, com uma liderança desorientada, acuada, derrotista e, finalmente, adesista. Todavia, é bom lembrar que, apesar dos custos econômicos das guerras, não havia perspectivas de derrota militar do campo revolucionário.
Mas a liderança soviética vacilava e buscava uma acomodação. Os acordos de desarmamento assinados entre Reagan e Gorbachev em Washington em dezembro de 1987 produziram a convergência das superpotências e o fim da Guerra Fria. A busca de uma Casa Comum Europeia (cooperação com a Comunidade Europeia), por sua vez, pressupunha a entrega dos regimes aliados do leste ao Ocidente. Como consequência, no segundo semestre de 1989 ruíram todos os regimes socialistas do Leste europeu que integravam o bloco soviético, com apoio da KGB. O presidente George Bush colhia os frutos das políticas de seu antecessor, Ronald Reagan, e saudava o fim da Guerra Fria como o advento de uma Nova Ordem Mundial de paz, prosperidade e democracia.
Na URSS Gorbachev, depois de entregar ao Ocidente quase todo patrimônio diplomático do país e de abrir sua economia, ingressou em uma crise terminal, com o caos social e econômico e os conflitos étnicos e políticos generalizando-se. Em 19 de agosto de 1991, um estranho e mal articulado golpe de Estado, desencadeado pelo segundo escalão, procurou deter o processo de desagregação do país (sem abandonar as reformas), mas foi suplantado pelo golpe melhor articulado de Ieltsin. Em 25 de dezembro de 1991 a URSS desapareceu como regime político e implodiu como Estado. Na Iugoslávia tinha início uma sangrenta guerra civil alimentada por potências ocidentais, que destruiu completamente o país.?
Uma década de neoliberalismo e ilusão neo-hegemônica americana
O fim da Guerra Fria marcou o fim de uma época, na medida em que ela constituía tanto um conflito como um sistema. A falta de uma ameaça antagônica externa pôs fim a um elemento de coesão do sistema como um todo e, particularmente, da hegemonia americana. Aos Estados Unidos faltam um rival equivalente e de mesmo peso, o que gera desequilíbrios político-militares, mas também econômicos e societário-culturais. O pensamento único exerceu uma censura provavelmente mais eficaz do que muitos regimes autoritários.
A década posterior ao colapso do bloco soviético foi marcada pelo avanço acelerado e pelo aparente triunfo da globalização neoliberal. Foi um período de aceleração dos fluxos comercial e financeiro, avanço tecnológico, privatização e desregulamentação, internacionalização de empresas, progresso logístico, comunicação on-line, estabelecimento de normas globais garantidas por organizações internacionais (os Regimes Internacionais) e de implantação de uma ampla divisão da produção em escala planetária. Contudo, desde 1999 os países da OCDE passaram a sofrer uma desaceleração no crescimento econômico. E este se transformou posteriormente numa estagnação, particularmente nos Estados Unidos, carros-chefe da economia mundial.
Mas, paralelamente, os fluxos financeiros se ampliavam sem nenhum controle e passavam a constituir uma economia paralela, de lucros fantásticos, num quadro de desregulamentação e abertura. Aos poucos as ilusões se desfizeram: em meio à crescente instabilidade financeira mundial, a recessão ganhou contornos de crise econômica, com quebra de grandes empresas e escândalos de corrupção em megacorporações americanas, envolvendo agentes do governo dos EUA.
Os ex-países socialistas conheceram, em sua transição ao mercado, uma espetacular queda em seu padrão de vida, com quedas de até?50% do PIB, estabelecimento de desigualdades abissais, criminalização de suas sociedades e formação de máfias internacionalizadas. Aliás, os delitos transnacionais, como tráfico de drogas, armas, pessoas e lavagem de dinheiro se tornaram fenômenos globais de primeira ordem durante o neoliberalismo. A expansão da União Europeia para o leste, por sua vez, foi acompanhada pela adesão de vários deles à OTAN, respondendo a pressões norte-americanas.?
A sobrevivência do socialismo, de Cuba a China
Com o desaparecimento do campo soviético, restaram como países socialistas Cuba (sob severa pressão norte-americana), Coreia do Norte, Vietnã e China, os dois primeiros resistindo em bases nacionais e os dois últimos introduzindo reformas econômicas de mercado, mas todos conservando os regimes políticos calcados no partido-Estado de inspiração leninista. Cuba sacrificou a eficácia econômica em troca da defesa de seus postulados socialistas, o que conservou suas bases sociais, além de identificar-se como revolução terceiro-mundista. A Coreia do Norte asiatizou seu regime, para fazer frente às adversidades. China e Vietnã representam revoluções camponesas ainda longe de esgotar seu potencial, em pleno processo de industrialização, na forma de uma NEP internacionalizada.
Por que razão sucumbiram justamente os países mais industrializados do socialismo real? Segundo Frederic Jameson, o colapso da União Soviética não se deveu ao fracasso, mas ao sucesso do comunismo (…) como uma estratégia de modernização. (…) [Ela] “tornou-se” ineficiente e entrou em colapso quando tentou integrar-se a um sistema mundial que estava passando da fase de modernização para a fase pós-moderna [que funcionava com] um nível incomparavelmente mais alto de “produtividade”. Atraída por uma competição militar-tecnológica calculada, pela isca da dívida e por formas de competição comercial que se intensificavam cada vez mais, a sociedade soviética ingressou em um ambiente no qual não poderia sobreviver, [pois], como lembra Wallerstein, o bloco soviético, a despeito de sua importância, não constituía um sistema alternativo ao capitalismo, mas apenas um antissistema, um espaço dentro dele (1).
O desaparecimento da União Soviética encerrou o ciclo histórico da primeira geração de revoluções socialistas nucleadas pela Revolução Russa. O socialismo de orientação marxista logrou, ao longo do século XX, impulsionar um conjunto de revoluções vitoriosas em sucessivas ondas. A primeira delas teve lugar na esteira da Primeira Guerra Mundial, com o triunfo da Revolução Russa e a construção da URSS. A segunda, decorrente do antifascismo e dos resultados da Segunda Guerra Mundial, afetou o Leste europeu, tanto com as “revoluções pelo alto” apoiadas por Moscou, que constituiriam as Democracias Populares, quanto com as revoluções autônomas da Iugoslávia e da Albânia.
A terceira, paralelamente, teve como epicentro a Revolução Chinesa, iniciada já?na década de 1920, caracterizada pela questão camponesa. Finalmente, a descolonização e o nacionalismo do terceiro mundo protagonizaram o triunfo de algumas revoluções socialistas, como a cubana, a vietnamita e as africanas dos anos 1970. Desde 1979 não mais ocorreram revoluções socialistas. Nesse sentido, a Revolução Soviética não representou a implantação do socialismo, mas, sim, o início de um processo de transição do capitalismo ao socialismo. Este, da mesma forma que a passagem do feudalismo ao capitalismo, não ocorre nos marcos do Estado nacional, mas no plano internacional, num processo de longa duração, com estancamentos, recuos e desvios para, posteriormente, retomar seu curso.
Instabilidade mundial, terrorismo e antiterrorismo
No final de 2000 o republicano George W. Bush foi eleito presidente dos EUA. O século XXI que se iniciava foi considerado por certos analistas como “o século americano”, mas o novo governo adotou atitudes unilaterais. Bush ignorou as organizações internacionais, particularmente a ONU, negligenciando o soft power de seu antecessor e que seu sucessor Barack Obama tenta resgatar. A ideia de apoiar a liderança americana nas organizações multilaterais, tal como vinham fazendo os democratas, foi parcialmente abandonada, dando lugar a uma visão unilateral que contrariou até aliados da OTAN.
Neste contexto, em 11 de setembro de 2001, o mais fantástico atentado terrorista da história atingia pela primeira vez o território metropolitano americano, golpeando os maiores símbolos do poder financeiro e militar dos EUA (e do Ocidente), no momento em que o país procurava construir um Escudo AntiMísseis. A reposta foi a guerra ao terrorismo, que teve como primeiro alvo o Afeganistão e, depois, o Iraque.
Muitos acadêmicos viram nas ações político-militares unilaterais da administração Bush uma retomada do poder americano, configurando uma nova hegemonia “unipolar” para o século XXI, que, como o anterior, seria novamente americano. Para outros analistas, tratava-se de uma reação para evitar uma tendência histórica que emerge lentamente, a de construção de um sistema mundial multipolar, num quadro de equilíbrios entre EUA, União Europeia, Rússia, Japão, China, Índia, África do Sul e Brasil, como argumenta o politólogo brasileiro, Hélio Jaguaribe.
Agora existe um tempo fluído, que torna a força (declinante) da América um poder desfocado em relação à?nova realidade. Segundo Emmanuel Todd comentou na véspera da guerra do Iraque, não haverá império americano. O mundo é demasiado vasto, diverso e dinâmico para aceitar a predominância de uma única potência. O exame das forças demográficas e culturais, industriais e monetárias, ideológicas e militares que transformam o planeta não confirma a atual visão banal de uma América invulnerável. Um quadro realista [mostra] uma grande nação cuja potência foi incontestável, mas que o declínio relativo parece irreversível. Os Estados Unidos eram indispensáveis ao equilíbrio do mundo; eles não podem hoje manter seu nível de vida sem os subsídios do mundo. A América, pelo seu ativismo militar de teatro, dirigido contra Estados insignificantes, tenta mascarar seu refluxo. A luta contra o terrorismo, o Iraque e o “eixo do mal” não é mais do que pretexto. Porque ela não tem mais a força para controlar os atores que são a Europa e a Rússia, o Japão e a China, a América perderá esta última partida pelo domínio do mundo. Ela se tornará uma grande potência entre outras (2).
Novas forças emergem no terceiro mundo
As consequências sociais negativas de políticas ultraliberais produziram sérias crises de governabilidade no terceiro mundo, mas também a afirmação de movimentos políticos críticos dos organismos financeiros internacionais. Estes movimentos cristalizaram-se no Fórum Social Mundial de Porto Alegre em janeiro de 2001. O FSM constituiu um contraponto ao Fórum Econômico Mundial de Davos/Suíça – de matriz liberal –, aglutinando movimentos de esquerda de diversas orientações, mas que têm como proposta viável a inclusão da agenda social, democrática e ambiental em uma globalização até então centrada no comércio, finanças e competição tecnológica.
A China mantém seu processo de desenvolvimento e modernização acelerados, colaborando cada vez mais estreitamente com seus vizinhos. Embora evitando confrontações de qualquer tipo (sobretudo com os EUA), o dragão chinês tem feito valer seus recursos de poder como Estado westfaliano e membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e, desde 2001, como integrante da OMC. Com mais vinte anos de crescimento e estabilidade, a China atingirá o status de superpotência econômica e militar.
Na Rússia, potência energética e militar, começa a reverter-se o quadro de declínio e descalabro desde a ascensão do polêmico Vladimir Putin ao poder em 1999. O país recuperou sua concepção de interesse nacional e tem mantido certa autonomia frente ao Ocidente. O estabelecimento de uma parceria estratégica com a China e a criação da Organização de Cooperação de Xangai (Rússia, China e Ásia central) lançaram as bases de um processo de cooperação eurasiano que tem preocupado os estrategistas da Casa Branca, revivendo a geopolítica do Grande Jogo da Ásia Central do século XIX.
Já a África, apesar de suas reconhecidas dificuldades, tem conhecido certos avanços, como processos de paz e, mais recentemente, um acelerado crescimento econômico em diversos paises. A África do Sul, por sua vez, consolida-se como polo aglutinador do continente negro. Por outro lado, a OUA transformou-se, em 2002, na União Africana, com maiores atribuições para uma ação coordenada dos países do continente, juntamente com o lançamento simultâneo da NEPAD, um programa de obras de infraestrutura. A presença econômica chinesa no continente, por sua vez, tem gerado novos e intensos fenômenos políticos e realidades econômicas cuja coerência de longo prazo ainda não está suficientemente clara. O Oriente Médio, contudo, não tem conseguido avançar e uma onda de instabilidade tem ocorrido em países árabes pró-Ocidentais e constituído uma ameaça aos seus regimes, como Arábia Saudita, Turquia e, especialmente, Paquistão e Afeganistão, com o ressurgimento do movimento Talibã. A questão nuclear iraniana e as ameaças a Israel, por sua vez, criaram o mais perigoso foco de tensão internacional.
Na América Latina o Consenso de Washington vive um refluxo, no quadro da ascensão de regimes nacionalistas, populares ou socializantes desde o triunfo de Hugo Chávez na Venezuela em 1999. Todos eles, contudo, possuem sérias vulnerabilidades internas, ampliadas pelas pressões norte-americanas e pelo Plano Colômbia, com uma presença militar que tem gerado tensões regionais. Mas o pivô da região é o Brasil. Frente às dificuldades do Mercosul, o país procurou avançar a integração da infraestrutura dos países sul-americanos (através da IIRSA). O Brasil procura construir um espaço econômico como forma de impulsionar o desenvolvimento e contribuir para a construção de um sistema internacional estável, de perfil multipolar. Um elemento relevante foi o governo Lula, que promoveu um upgrade da presença internacional do país. Trata-se de uma política de caráter tanto social como nacional, podendo ter grande influência no continente.?
A Grande Crise e os movimentos profundos
Em 2008, finalmente, a crise financeira e econômica emergiu com força? à?luz do dia. A era Bush produziu sua negação com a eleição de Barack Obama, o primeiro afro-americano a ocupar a Casa Branca. A agenda social doméstica e de diálogo internacional abriu esperanças. Todavia, a nova parceria sino-americana e a acomodação com a Rússia têm sido acompanhadas em nova militarização na América do Sul e de uma ausência de força para reformar positivamente as organizações internacionais. Além disso, o governo Obama, provavelmente, perderá o controle de sua própria administração durante o exercício de seu mandato. Mas isto não significa que o passado permanecerá, pois há processos relevantes ocorrendo no Sul.
Os efeitos da própria aceleração da globalização colocaram o neoliberalismo frente a um impasse. O desemprego se manteve e a concentração de renda atingiu níveis alarmantes: nos anos 1990, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), 85% da renda mundial encontravam-se nas mãos dos 20% mais ricos, enquanto os 20% mais pobres detinham apenas 1,4% dela.
A ausência ou fragilização do emprego produziu uma considerável exclusão social de novo tipo: milhões de pessoas simplesmente não encontram mais um lugar formal dentro da economia. Nas grandes cidades, novos centros da vida econômica pós-moderna, as elites se isolam cada vez mais, acossadas pela criminalidade, enquanto, no plano internacional, os países desenvolvidos limitam a entrada de imigrantes vindos da periferia. Estes afluem em grande número do campo para a cidade no Sul e dessas para o Norte, devido aos efeitos sociais da reestruturação econômica. Depois de cinco séculos de migrações do Norte para o Sul, desde os anos 1970 observa-se a inversão do fluxo. O Norte conta hoje com uma população de um bilhão de pessoas, enquanto o Sul, cinco vezes esta cifra. Além disso, mais de 90% dos nascimentos ocorrem no Terceiro Mundo.
Agora é?necessário buscar uma agenda sequenciada para superar a guerra de posições. A contradição principal ainda é uma disputa intercapitalista e entre projetos de desenvolvimento opostos. Um deles se apoia em governos socialistas e nacional-populares, com o espraiamento do crescimento econômico pelo Sul. Novamente há espaço para o avanço das agendas socialistas, mas a esquerda incorporou postulados liberais e pós-modernos e ainda não conseguiu articular um novo projeto eficaz. Para tanto, é necessário retomar a análise marxista e fazer um balanço próprio da “Era das Revoluções (socialistas)”, que foi o século XX. As condições objetivas estão dadas, faltam agora as subjetivas.
Paulo Fagundes Visentini é professor de Relações Internacionais na UFRGS, Conselheiro do CEBRAPAZ. (E-mail paulovi@ufrgs.br)
Notas
(1) JAMESON, Frederic, “Cinco teses sobre o marxismo atualmente existente”, in WOOD, Ellen, e FOSTER, John (Orgs.). Em defesa da história. Marxismo e pós-modernismo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p. 192-3.
(2) TODD, Emmanuel. Depois do Império. Ensaio sobre o declínio americano. Rio de Janeiro: Record, 2003